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"O Ressuscitado abra os nossos corações", pede Papa no Domingo de Páscoa

  • Foto do escritor: Pascom Lobato
    Pascom Lobato
  • 22 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

“Cristo Ressuscitou! Aleluia!”. O alegre anúncio da ressurreição do Senhor dado na Vigília Pascal no Sábado Santo voltou a ecoar neste Domingo de Páscoa, 21, na Praça São Pedro, na Missa presidida pelo Papa Francisco, na presença de milhares de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo.

Sem o azul do céu, visto o tempo encoberto na capital italiana, e com uma temperatura de 19°C, quem conferiu o colorido ao cenário da celebração foram as milhares de flores doadas pela Holanda, dispostas artisticamente, numa tradição que completou 33 anos este ano.

O Santo Padre não pronunciou homilia, reservando suas palavras para a Mensagem de Páscoa, transmitida à cidade e ao mundo da sacada central da Basílica de São Pedro.

“Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa!

Hoje, a Igreja renova o anúncio dos primeiros discípulos: «Jesus ressuscitou!». E, de boca em boca, de coração a coração, ecoa o convite ao louvor: «Aleluia! Aleluia!»”, disse o Papa ao iniciar sua mensagem, recordando a recente Exortação Apostólica Chistus vivit, dedicada, particularmente, aos jovens.

“Cristo vive: é Ele a nossa esperança e a mais bela juventude deste mundo! Tudo o que toca torna-se jovem, fica novo, enche-se de vida. A Ressurreição de Cristo é princípio de vida nova para todo o homem e toda a mulher, porque a verdadeira renovação parte sempre do coração, da consciência. Mas, a Páscoa é também o início do mundo novo, libertado da escravidão do pecado e da morte: o mundo finalmente aberto ao Reino de Deus, Reino de amor, paz e fraternidade”, destacou o Santo Padre.

Síria

“Cristo vive e permanece conosco” e foi pela Síria – “vítima de um conflito sem fim que corre o risco de nos encontrar cada vez mais resignados e até indiferentes” – que o Papa começou a elencar algumas das realidades daqueles “que estão na provação, no sofrimento e no luto”.

“É hora de renovar os esforços por uma solução política que dê resposta às justas aspirações de liberdade, paz e justiça, enfrente a crise humanitária e favoreça o retorno em segurança dos deslocados, bem como daqueles que se refugiaram nos países vizinhos, especialmente no Líbano e Jordânia”, defendeu.

Oriente Médio

Aos cristãos no Oriente Médio – região dilacerada “por divisões e tensões contínuas” – o Pontífice exortou a não deixarem de testemunhar “com paciente perseverança, o Senhor ressuscitado e a vitória da vida sobre a morte”.

E seu olhar se volta, em modo particular, para o povo do Iêmen, especialmente para as crianças definhando pela fome e a guerra, mas também aos governantes e povos da região, a começar pelos israelenses e palestinos, para aliviarem as tantas aflições e a buscarem um futuro de paz e estabilidade.

Líbia

O Papa pediu que “as armas cessem de ensanguentar a Líbia”, exortando “as partes interessadas a optar pelo diálogo em vez da opressão, evitando que se reabram as feridas duma década de conflitos e instabilidade política”.

Continente africano

“Tensões sociais, conflitos e, por vezes, extremismos violentos que deixam atrás de si insegurança, destruição e morte, especialmente em Burkina Faso, Mali, Níger, Nigéria e Camarões”, recordou Francisco em sua mensagem, ao pedir a paz do Senhor ao seu “amado continente africano”.

Recordando também o Sudão, que atravessa um longo período de incertezas políticas, o Pontífice clamou o esforço de todos, a fim de “permitir ao país encontrar a liberdade, o desenvolvimento e o bem-estar, a que há muito aspira”.

Ao Sudão do Sul, o Papa fez votos de que “se abra uma nova página da história do país, na qual todos os componentes políticos, sociais e religiosos se empenhem ativamente em prol do bem comum e da reconciliação da nação”, também recordando o retiro feito há poucos dias pelos líderes do país no Vaticano.

Ucrânia

Em relação à Ucrânia, o Santo Padre pediu para que “o Senhor encoraje as iniciativas humanitárias e as iniciativas destinadas a buscar uma paz duradoura”, especialmente nas regiões orientais do país que continuam a sofrer com o conflito que persiste.

Continente americano

Para o continente americano, o Pontífice argentino pediu “que a alegria da Ressurreição encha os corações de quem sofre as consequências de difíceis situações políticas e econômicas”. Em particular, recordou da Venezuela, onde há “tanta gente sem as condições mínimas para levar uma vida digna e segura, por causa duma crise que perdura e se agrava”.

“Que o Senhor conceda a quantos têm responsabilidades políticas, trabalhar para pôr fim às injustiças sociais, abusos e violências e realizar passos concretos que permitam sanar as divisões e oferecer à população a ajuda de que necessita”, foi seu pedido.

Para a Nicarágua, Francisco pediu que “o Senhor ressuscitado oriente com a sua luz os esforços que estão a ser feitos”, para que se encontre “o mais rápido possível, uma solução pacífica e negociada em benefício de todos os nicaraguenses”.

Construtores de pontes e não de muros

Na conclusão da mensagem, o Santo Padre declarou: “Perante os inúmeros sofrimentos do nosso tempo, que o Senhor da vida não nos encontre frios e indiferentes. Faça de nós construtores de pontes, não de muros. Ele, que nos dá a paz, faça cessar o fragor das armas, tanto nos contextos de guerra como nas nossas cidades, e inspire os líderes das nações a trabalhar para acabar com a corrida aos armamentos e com a difusão preocupante das armas, de modo especial nos países mais avançados economicamente. O Ressuscitado, que escancarou as portas do sepulcro, abra os nossos corações às necessidades dos indigentes, indefesos, pobres, desempregados, marginalizados, de quem bate à nossa porta à procura de pão, dum abrigo e do reconhecimento da sua dignidade”.

Ao final, fez a todos os votos de uma Feliz Páscoa: “Queridos irmãos e irmãs, Cristo vive! Ele é esperança e juventude para cada um de nós e para o mundo inteiro. Deixemo-nos renovar por Ele! Feliz Páscoa!”.

Por fim, despediu-se da multidão de fiéis, pedindo que não esquecessem de rezar por ele. “Bom almoço e até logo!”, concluiu.


 
 
 

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