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Natal de Nosso Senhor

  • Foto do escritor: Pascom Lobato
    Pascom Lobato
  • 26 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

NO PRINCÍPIO ERA A PALAVRA, E A PALAVRA ESTAVA COM DEUS;

E A PALAVRA ERA DEUS.

No dia 25 de dezembro, dia do Natal do Senhor, a liturgia da Igreja propõe o evangelho de Jo 1,1-18 chamado Prólogo de João. Essa perícope do evangelho de João é um hino a Cristo que expressaa fé da comunidade joanina em Cristo-Palavra, a sua origem eterna, a sua procedência divina, a sua influência no mundo e na história, possibilitando a quantos O aceitam ser “filhos de Deus”. Essas grandes linhas aqui enunciadas vão ser desenvolvidas depois pelo evangelista ao longo do evangelho.

João começa o seu evangelho com a expressão “no princípio”, fazendo uma referência ao versículo de Gn 1,1 no qual temos o relato da criação. Ao fazer isso nosso evangelista coloca a obra de Jesus nessa perspectiva: “O Deus que cria o mundo, realizando o seu projeto de vida, é aquele que se manifesta em Jesus” (MATEOS, Juan; 1999, p.73)Aquilo que será narrado a respeito de Jesus está em relação com a obra criadora de Deus: em Jesus vai acontecer a definitiva intervenção criadora de Deus no sentido de dar vida ao homem e ao mundo.

Um outro aspecto teológico presente no texto diz respeito ao projeto criador de Deus acerca do homem, realizado em Jesus. A atividade de Jesus, o enviado do Pai, consiste em fazer nascer um homem novo; um novo nascimento que coroa a obra criadora iniciada por Deus “no princípio”. Esse novo nascimento acontece por meio da atuação de Jesus. Jesus vai capacitar o ser humano, mostrando dom da vida-amor, para que possa realizar em si mesmo o projeto de Deus, a semelhança como Pai.

Um terceiro aspecto importante está no fato de João associar Cristo a Palavra.Segundo João a “Palavra” é uma realidade anterior a criação. Esta “Palavra” tem as características que o Livro dos Provérbios atribuía à “sabedoria”: pré-existência (cf. Pr 8,22-24) e colaboração com Deus na obra da criação (cf. Pr 8,24-30).

A “Palavra” não só estava junto de Deus, mas “era Deus”. Note bem que a Palavra identifica-se totalmente com Deus,com o ser de Deus, com a obra criadora de Deus. É como que o projeto íntimo de Deus, que se expressa e se comunica como “Palavra”. Deus faz-Se inteligível através da “Palavra”. Essa “Palavra” é geradora de vida para o homem e para o mundo, concretizando o projeto de Deus.

Lemos no evangelho desse dia que a “Palavra” fez-Se “carne”, ou seja, veio habitar entre os seres humanos.O evangelista identifica a “Palavra” com Jesus, o “Filho único, cheio de amor e de verdade”, que veio ao encontro do homem. Nessa pessoa (Jesus), “cheio de amor e de verdade”, podemos contemplar o projeto ideal de humanidade, o homem que nos é proposto como modelo por Deus, a meta final da criação de Deus.

A missão dessa “Palavra encarnada” está associada ao binômio “vida-luz”. A luz enquanto realidade perceptível e reconhecível, é metáfora para designar a verdade que guia e ilumina o homem. Jesus comunica aos seres humanos vida em plenitude. Jesus é aquele que acende a luz que ilumina o caminho de todo ser humano, possibilitando-lhe encontrar a vida verdadeira.A encarnação de Jesus significa, portanto, a oferta de vida em plenitude feita por Deus ao ser humano.


 
 
 

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