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33º Domingo do Tempo Comum

  • Foto do escritor: Pascom Lobato
    Pascom Lobato
  • 19 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

Estamos caminhando para o fim do ano litúrgico e o Evangelho deste domingo retirado de Mc 13,24–32 apresenta um discurso escatológico de Jesus. Para quem não sabe, escatologia é doutrina que trata do destino final do homem e do mundo; pode apresentar-se em discurso profético ou em contexto apocalíptico, como é ocaso do evangelho desse domingo.

A perícope do evangelho é um texto difícil, que emprega imagens e linguagens marcadas poralusões enigmáticas, bem ao estilo do gêneroliterário “apocalíptico“. È importante destacar que o texto evangélico não uma reportagem jornalística de acontecimentos concretos, mas sim uma leitura profética da história humana.

Nos textos proféticos, a intervenção salvadora de Deus na história é acompanhada por fenômenos cósmicos extraordinários. O nosso evangelho enquadra-se nessa linha, pois a vinda do Filho do Homem se dará após fenômenos cósmicos. Esse estilo apocalíptico pode ser percebido em Is 13,10. Nesse excerto bíblico o obscurecimento do sol, da lua e das estrelas anuncia o dia da intervenção de Iahwéh para destruir o império babilónico e para libertar o Povo de Deus exilado numa terra estrangeira.

No Evangelho desse domingo, Jesus também fala de fenômenos como: sol escurecendo, a lua não brilha e estrelas caem do céu. No mundo grego, por exemplo, o sol e a lua eram adorados como deuses; e, no mundo romano, o imperador identificava-se como “o sol”. O evangelista Marcos utiliza essa linguagem para descrever a falência dos impérios que lutam contra Deus e contra os seus santos. Trata-se de uma linguagem tradicional que, no entanto, é perfeitamente perceptível para leitores de Marcos.

A mensagem do evangelho é clara: está para acontecer uma virada decisiva na história, na qual a velha ordem religiosa e política, os poderes que se opõem a Jesus e a sua Igreja, irão ser derrubados, a fim de darem lugar a um mundo novo, construído de acordo com os critérios e os valores de Deus.

No evangelho Marcos não está falando do que costumamos chamar “o fim do mundo”; mas faz referência à vitória de Deus sobre o mal que oprime e escraviza aqueles que optaram por Deus e pelo seguimento de Jesus. Cristo não está preocupado em definir o momento exato do “fim do mundo”, Ele quer nos comunicar os sinais que anunciam a chegada de um novo tempo.

Usando a linguagem de sua época Jesus diz que o aparecimento nas figueiras de novos ramos e folhas acontece a cada ano e anuncia a chegada do Verão e do tempo das colheitas (vv. 28-29). Assim também deve ser com cada um daqueles que têm fé. Os crentes são convidados a esperar, com confiança, a chegada do mundo novo e a perceber, nos sinais de desagregação do mundo velho, o anúncio de que o tempo da sua libertação está a chegar.


 
 
 

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