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27º Domingo do Tempo Comum

  • Foto do escritor: Pascom Lobato
    Pascom Lobato
  • 8 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANÇAS. NÃO AS PROIBAIS, PORQUE O REINO DE DEUS É DOS QUE SÃO COMO ELAS”

O evangelho do 27º Domingo do Tempo Comum, tem como tema principal, o projeto ideal de Deus para o ser humano: formar uma comunidade de amor, estável e indissolúvel, que os ajude mutuamente a realizarem-se e a serem felizes. Esse amor, feito doação e entrega, será para o mundo um reflexo do amor de Deus. Essa comunidade é a família.

A cena narrada mostra um embate entre Jesus e um grupo de fariseus. Os fariseus estão junto de Jesus não para escutar as suas palavras, mas para O provar e para Lhe apanhar numa declaração comprometedora a respeito da controvérsia do divórcio. São esses fanáticos da Lei que vão proporcionar a Jesus a oportunidade de Se pronunciar sobre uma questão delicada e comprometedora: o matrimônio e o divórcio.

A questão do divórcio é um tema “quente” e não totalmente consensual nas discussões dos “mestres” de Israel. A Lei de Israel permitia o divórcio e se fundamentava na perícope de Dt 24,1 na qual se lê: “quando um homem tomar uma mulher e a desposar, se depois ela deixar de lhe agradar, por ter descoberto nela algo de inconveniente, escrever-lhe-á um documento de divórcio, entregar-lhe-á em mão e despedi-la-á de sua casa”. Note que a passagem não é totalmente clara acerca das razões que poderiam fundamentar a rejeição da mulher pelo marido. Qualquer motivo poderia ser pretexto para o divórcio. Em função disso na época de Jesus, existiam grandes escolas teológicas que divergiam na interpretação da Lei do divórcio.

Jesus se posiciona de forma contrária ao divórcio e fundamenta a sua posição. Para Cristo a lei do divórcio não resulta do projeto de Deus para o ser humano, mas é o resultado da “dureza do coração” dos homens. As prescrições de Moisés não definem o quadro ideal do amor do homem e da mulher, mas apenas regulam o compromisso matrimonial, tendo em conta a mediocridade humana.

Jesus ao defender sua visão apresenta o projeto primordial de Deus para o amor entre um homem e uma mulher. Na defesa de seu argumento Cristo cita Gn 1,27 e Gn 2,24, e explica que, no projeto original de Deus, o homem e a mulher foram criados um para o outro, para se completarem, para se ajudarem, para se amarem. Unidos pelo amor, o homem e a mulher formarão “uma só carne”. Ser “uma só carne” implica viverem em comunhão total um com o outro, dando-se um ao outro, partilhando a vida um com o outro, unidos por um amor que é mais forte do que qualquer outro vínculo. A separação será sempre o fracasso do amor; não está prevista no projeto ideal de Deus, pois Deus não considera um amor que não seja total e duradouro.

O texto do evangelho termina com uma cena em que Jesus acolhe as crianças (vers. 13-16). Na sociedade de então, as crianças eram seres sem direitos, eram um símbolo dos débeis, dos pequenos, dos sem direitos, dos pobres, dos indefesos, dos insignificantes. São esses que a comunidade de Jesus deve abraçar. O Reino de Deus é daqueles que, como as crianças, vivem com sinceridade e verdade, sem se preocuparem com a defesa dos seus interesses egoístas ou dos seus privilégios, acolhendo as propostas de Deus com simplicidade e amor.


 
 
 

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