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Solenidade de São Pedro e São Paulo

  • Foto do escritor: Pascom Lobato
    Pascom Lobato
  • 3 de jul. de 2018
  • 4 min de leitura

“TU ÉS PEDRO, E SOBRE ESTA PEDRA CONSTRUIREI A MINHA IGREJA”

Pedro era um pescador galileu, das margens do Lago de Tiberíades. Paulo era um judeu letrado, cidadão romano da cidade de Tarso. Ambos viram suas vidas serem reviradas por Jesus e foram os primeiros propagadores da fé nascente. São as duas colunas da Igreja, que sustentaram a Igreja nascente. A tradição sempre os festejou juntos, em 29 de junho. (Por um acordo entre o Brasil e o Vaticano é celebrado no domingo seguinte).

Jesus interroga os seus discípulos,fazendo uma sondagem de opinião:o que dizem as pessoas por aí quem é o Filho do homem? Alguns dizem que és um profeta! Uma criatura de fogo e luz, como Elias ou João Batista; Outros dizem que és boca de Deus e boca dos pobres! Outros que és Jeremias. Tais opiniões podem ser bonitas mas são incompletas.

Se essa sondagem fosse feita atualmente, talvez com 95% de segurança e margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, as respostas seriam: Jesus é legal, Jesus é joia, Jesus é um barato, Jesus é um amigão, Jesus é “fera”, “tô com Jesus e não abro!” Mas se essa pergunta fosse feita: “para vós, cristãos, quem Eu sou?” Saberíamos responder como Pedro: Tu és o Filho de Deus vivo!

Ser o Filho de Deus vivo quer dizer: Jesus carrega Deus entre nós.Jesus nos faz ver Deus, Jesus é o rosto de Deus, seu braço, o seu projeto, sua boca,o seu coração. Poderíamos também responder: Tu és aquele que não engana; és um amor desarmado que não se impõe, que jamais entrou nos palácios dos poderosos a não ser como prisioneiro. Jesus é o amor indissolúvel.

Após a declaração de Pedro, Jesus lhe disse: Tu és Pedro, tu és pedra, tu és rocha e eu te darei as chaves do reino.Pedro e,segundo a tradição os seus sucessores,são rocha para a Igreja na medida em que continuam a anunciar que Cristo é o Filho de Deus vivo. São rocha para a humanidade toda se repetirem sem se cansar que Deus é Amor, que Cristo está vivo, tesouro vivo para a humanidade. Tal percepção de Jesus implica em termos fé viva.

Antes da comunhão, rezamos: “Senhor Jesus não olheis para os nossos pecados mas olheis para a fé da vossa Igreja”. Qual é a fé que Deus pode olhar? Um padre em Roma, no séc passado, acrescentava nessa hora: “olhai para a fé das crianças ,a fé dos mártires e para a fé de quem tem um grande sofrimento,uma deficiência física e a aceita com serenidade e abandono. ”Porque a fé das crianças, a dos mártires,a fé das pessoas que sofrem com coragem no coração e lutam para diminuir tal sofrer é a fé que Deus pode olhar? Porque aquela fé é a fé da Igreja !

a) As crianças são pessoas que por si sós não sobreviveriam, nem as mais fortes poderiam sobreviver sem a referência aos pais; suas vidas dependem em tudo dos pais, o centro de suas existências está fora delas, está nos pais.

b) Os mártires. Um mártir diz: eu não aceito conchavos, estou disposto a renunciar a vida, pois para mim o que conta menos é a vida física, o que conta é Deus. O mártir é a pessoa cujo centro está fora de si. Deus é mais importante.

c) Também quem sofre, mesmo tendo consciência que o corpo é importantíssimo, descobriu que para ser feliz, para se ter vida plena do coração não é importante ter certas medidas (90 de busto, 60 de cintura e 90 de quadril) ou musculatura imensa: isso não é importante. Pois mesmo em uma cadeira de rodas, ou cegos, ou com surdez, ou uma gravíssima doença… a vida pode ser vivida serena e alegre … quando seu centro de gravidade é mais além, em Deus.

Assim, sendo a fé das crianças, dos mártires e de quem sofre com coração sereno, a fé da igreja, significa que a fé verdadeira é a fé que renuncia ser o centro de si mesmo, dando espaço a Deus, que ocupa o primeiro lugar. Ele é a rocha sobre a qual se fundamenta a nossa vida.

A sondagem de opinião que Jesus fez sobre si deve ser dirigida não sobre quem é Jesus mas quem somos nós. O que dizem as pessoas quem são os cristãos? As respostas seriam: cristãos são os praticantes, os que frequentam a missa dominical,recebem os sacramentos, dão esmola nas coletas, ou poderiam ser: cristãos são os que praticam a justiça, a fraternidade, dividem seus bens com os famintos, praticam a hospitalidade, o acolhimento, a sinceridade, o respeito aos outros, são aqueles que são limpos em seus negócios, que perdoam as ofensas, se empenham pela paz, refutam toda espécie de violência, lutam pela verdade e pelo bem. Não seria linda essa identidade? Peçamos a S. Pedro e S. Paulo que a fé da Igreja possa ser nossa pobre fé, sempre traduzida em ação!


 
 
 

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