Castidade, Sexo antes do Casamento e Masturbação

“Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Cor 6,19).

O apóstolo Paulo após fazer uma série de recomendações a comunidade lembra que somos templos vivos do Espirito Santo e exatamente por isso precisamos cuidar da forma como tratamos o nosso corpo e o corpo da outras pessoas. Algo muito comum a ser questionado é sobre castidade, que parece ser apenas a proibição do sexo antes do casamento e a masturbação. Porém e preciso entender melhor o que é e no que implica a castidade.

O catecismos da Igreja Católica define Castidade no artigo 6º parágrafo 2337 assim:

“A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando e integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher. A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integridade da doação”.

Como vemos a igreja não é uma bruxa má que deseja que os seus filhos sofram, mas do contrário, deseja salvaguardar a integridade deles, é um verdadeiro convite a nos relacionarmos com as demais pessoas de forma saudável, respeitosa e não como quem sempre espera receber algo em troca, seja desde um ponto de vista material ou do prazer.

Depois, a castidade vai muito além da sexualidade, ela abarca também nossa afetividade. Quando respeitamos o momento e os estado de vida em que nos encontramos somos de verdade felizes. Por isso aos jovens solteiros a castidade é um convite de continência, ou seja, de aguardo, aonde vão se preparar para um passo muito importante que é a vida celibatária. E que não termina quando já se definiu o estado de vide, mas que continua dentro do estado de vida escolhido, os casados também devem viver a castidade.

É fato que vivemos em uma sociedade erotizada onde a palavra de ordem é a busca por prazer, porém pra nós jovens católicos a proposta é do cultivo de relações de amizade e namoro santo, sim, santo onde exista respeito, admiração, gosto por estar juntos, companheirismo, o que evidentemente ajudará a discernir algo maior que é um futuro matrimonio.

Alguns sempre questionam dizendo, mas como eu vou saber se a vida sexual dará certo se não tivermos relação antes? Daí cabe algumas perguntas muito sérias. Se o relacionamento está embasado só no ato sexual não estamos fazendo o(a) outro(a) de um mero objeto que me proporciona prazer? O amor que deveria existir não é mais forte do que a busca de prazer só para “testar” se daremos certo um com o outro? Crescer juntos no amor, na fidelidade e na castidade não seria mais bonito e fecundo?

Os mais jovens também devem se cuidar quanto a masturbação, que embora companha um processo biológico não pode ser vivido de forma desenfreada. A masturbação é pecado porque é busca de prazer de forma egoísta e pode, se não bem orientada, ser arrastada por toda a vida. Quando casados ainda se masturbam após o ato sexual pois só dessa forma alcança prazer, uma vez que não guardando a castidade como solteiro, também não a sabe viver com casado.

Por isso tenhamos a coragem de viver uma vida casta dentro do estado de vida em que nos encontramos, se guardando para viver uma relação partilhada de amor, confiança e fidelidade. Dai pode-se perguntar: e os que já não são mais virgens? A esses o convite é o mesmo, a partir de agora que vivam a castidade e que preservem desde então e procurem uma relação onde se possa crescer no que acima citamos.

A todos nós o convite é feito, vivamos nossa vocação a castidade, cada um a seu modo de vida, nos amando e nos respeitando mutuamente.

Unidos naquele que primeiro nos amou!